É absolutamente ridículo que em Portugal seja perfeitamente normal – e até legal – promover anúncios de casinos e jogos de fortuna (como raspadinhas da Santa Casa), enquanto quem tenta educar financeiramente os cidadãos enfrenta barreiras.
Educadores financeiros no Instagram, por exemplo, têm as suas páginas bloqueadas simplesmente por falar de gestão de dinheiro e literacia financeira.
Essa contradição deveria indignar qualquer pessoa que valoriza o conhecimento!

Promoção desenfreada de jogos: normal ou perigosa?
O Estado legitima a publicidade dos casinos e apostas online – autorizada e muitas vezes promovida em canais públicos e privados. Ao mesmo tempo, educadores fazem vídeos sobre finanças pessoais e têm os seus perfis censurados por plataformas ou por pressão de quem lucraria menos com consumidores mais conscientes.
Percebes a ironia? Promove-se compulsão a raspadinhas da “Santa Casa” e apostas, enquanto quem explica como gerir um orçamento é silenciado.
O impacto real dos “Jogos Santa Casa”
Os jogos da Santa Casa moveram quase 24 mil milhões de euros em 2024 – um valor histórico. A maioria vem das populares raspadinhas e Euromilhões. E o que mantém isso? Propaganda incessante de “poder ganhar”, quando na realidade prevalece a perda.
Não é coincidência. Há um lucro gigantesco por trás, enquanto quem explica como poupar e investir é bloqueado.
Literacia financeira: ameaça ao status quo?
Portugal tem uma das mais baixas literacias financeiras da Europa.
No entanto, quando tentamos ensinar conceitos como orçamento, reservas de emergência ou investimentos simples, somos silenciados.
Recentemente, páginas de educadores foram suspensas sem explicação, simplesmente por ensinar a gerir dinheiro. Isto não é coincidência.
A verdade ?? que certas classes – bancos, seguradoras ou operadores de jogo – ganham mais com consumidores desprevenidos. Consumidores informados compram menos crédito, apostam menos, e questionam a lógica por trás desses sistemas.
Por que precisas de fontes livres de censura
É essencial acompanhar blogs e newsletters independentes – como a minha – onde posso partilhar dicas úteis SEM censura ou pressão por parte de quem lucra se não comprares crédito a torto nem apostares.
Ao assinares, recebes informação prática e direta sobre:
- Orçamento familiar
- Gestão de dívida
- Investimentos simples (como crowdlending, ETFs)
- Poupar de forma consciente
E tudo isto sem filtros que nos pressione a gastar mais!
Consequências se o status quo continuar
- Mais cidadãos endividados por créditos fáceis dos bancos
- Maior dependência de jogos de azar
- Pior saúde financeira e menos capacidade de poupança ou investimento
Enquanto isso, haverá sempre campanhas bem pagas para manter esta rota viciosa.
O que podes fazer já
- Segue fontes independentes e livres de censura, como newsletters e blogs de literacia financeira.
- Rejeita campanhas de gamificação financeira – como “comprar para ganhar”.
- Prioriza educação financeira: conhecimento é poder! Quanto mais souberes, menos dependerás de dívidas ou promessas mirabolantes.
- Partilha informação com quem te rodeia – cada pessoa informada é um passo contra este sistema.
Conclusão
Portugal legalizou e incentivou o consumo compulsivo de apostas enquanto ignora – e até silencia – quem realmente tenta educar para decisões financeiras robustas. Há uma guerra silenciosa: de um lado, o consumo viciado; do outro, a literacia e a autonomia.
Quem vive deste sistema aposta – literalmente – no nosso desconhecimento. Nós não temos esse luxo. Se estás cansado de ver páginas a desaparecer por ensinarem a gente a gerir o nosso dinheiro, estamos do mesmo lado.